quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Fazenda Capoeira Coffee

Compondo parte de sua estratégia Comercial de diferenciação e Valor agregado, recebe delegação da SCAE Européia, para conhecer sua Origem Produtora .
Cólin Smith - SCAE Director 
Theirry Layec - Gourmet Cup Magazine- Esitor in Chief
Angela Hysi - Comunicaffe
Henry Wilson Journalist
Timothy Alexander Jay Journalist




Visita de torrefadores, jornalistas e presidente da SCAE Europa na Fazenda Capoeira Coffee - Parceria BSCA.

As Pessoas que trabalham para produzir cada Grão de Café são peças Chave na hora de definir sua qualidade.
Os novos compradores e consumidores de Café , se preocupam em conhecer de onde vem o Grão, como se produz e que processo há por trás de cada xícara de Café.alem disso se preocupam com o meio ambiente e com a sustentabilidade do produtor.
A Fazenda Capoeira teve a oportunidade de vivenciar com esta nova Geração do Mundo do café, suas experiências na construção dos Processos de qualidade de seus Cafés.


Fazenda Capoeira Coffee

Volta a Origem - voltar às raízes, apreciar de onde vem o grão, reconhecer sua autenticidade , saber o que há por traz, se preocupar com a terra onde cresce e com os Cafeicultores que a cultivam.
Este é um projeto desenvolvido pela Fazenda Capoeira Coffee, num processo de valorização das origens e da pessoas, compartilhado com os apreciadores do nosso Café.



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

APEX BRASIL ACREDITA NO POTENCIAL DA MULHER COMO EXPORTADORA

A FAZENDA CAPOEIRA COFFE ESTA ENTRE AS 22 EMPRESAS SELECIONADAS
Apex-Brasil faz parceria e evento para ajudar empreendedora a exportar
Women Vendors Exhibition and Forum será realizado em São Paulo, nos dias 1, 2 e 3 de setembro deste ano
Arancha González', diretora executiva do ITC, e David Barioni Neto, presidente da Apex Brasil, assinam o acordo de parceria estratégica (Foto: Fabiana Pires)Arancha González, diretora executiva do ITC, e David Barioni Neto, presidente da Apex Brasil, assinam o acordo de parceria estratégica (Foto: Fabiana Pires)
A Apex-Brasil assinou nesta quinta-feira (14/5) uma parceria estratégica com o International Trade Centre (ITC) para realizar um evento inédito com foco no empoderamento feminino por meio das exportações. O Women Vendors Exhibition and Forum será realizado nos dias 1, 2 e 3 de setembro deste ano, em São Paulo.
O ITC é uma agência de desenvolvimento que pertence tanto à Organização Mundial do Comércio quanto à Organização das Nações Unidas. A ideia por trás do acordo com a Apex é usar as exportações como um motor para incentivar a independência econômica das mulheres - que representam de 40% a 45% de todos os donos de pequenos e médios negócios no mundo. "Quando colocamos dinheiro nas mãos de mulheres geramos investimento em educação, saúde e alimentação. Por isso, entendemos que ajudar as mulheres a se tornarem independentes financeiramente é uma maneira de combater a pobreza e estimular o crescimento de países", disse Arancha González, diretora executiva do ITC.
SAIBA MAIS
Investimento de mulher para mulher
Mulheres no mercado de trabalho fortalecem a economia de todos os países
Já a Apex-Brasil tem como principal função capacitar pequenas e médias empresas para a internacionalização. "Esse tipo de acordo é importante porque, além de falar sobre um assunto politicamente correto, que é a igualdade de gênero, tambem é uma maneira de atingirmos nosso objetivo de fomentar as exportações", disse David Barioni Neto, presidente da Apex-Brasil.
O evento ocorre antes da próxima reunião da ONU em Nova York, que será em setembro também. O encontro entre líderes de estado discutirá a agenda de desenvolvimento para os próximos anos e um dos assuntos em pauta é o empoderamento feminino. "Há 20 anos, desde a primeira Conferência Mundial Sobre a Mulher, em Pequim, tem se feito muito para combater a violência de gênero e ampliar a participação feminina no governo. Mas muito pouco foi feito para estimular a independência econômica das mulheres", disse Arancha. "Queremos fazer isso antes da reunião em NY para dizer aos líderes que estarão lá que é possível ajudar a independência financeira feminina."
As edições anteriores da Women Vendors Exhibition and Forum ocorreram na China, México e Ruanda. Para participar é preciso que os negócios tenham ao menos 51% de sua posse nas mãos de mulheres. O foco do evento no Brasil está nos setores de café, tecnologia da informação, serviços e alimentos gourmet. Segundo Barioni, a maior parte dos participantes deve ser médias empresas por elas já estarem há mais tempo no mercado nacional e, portanto, mais maduras para entrarem no mercado estrangeiro.
Dificuldades
De acordo com Arancha, do ITC, as empreendedoras de todo o mundo enfrentam três principais dificuldades: falta de informação inicial, pouco acesso ao crédito e legislações que limitam a atuação econômica feminina. Segundo ela, 90% de todos os países do mundo possuem pelo menos uma lei que discrimina a mulher no exercício econômico. "Teremos painéis para discutir obstáculos concretos à atividade empresarial das mulheres e a ideia é irmos acabando com as diferenças, pelo menos do ponto de vista legislativo",

Foto: Fazenda Capoeira Coffee

INFORME

A Aliança Internacional das Mulheres do Café (International Women’s Coffee Alliance – IWCA) realiza neste mês sua reunião anual para debater os principais passos para atuação do grupo nacionalmente, formado por cafeicultoras, empresárias e baristas. Pela terceira vez, o grupo se encontra na Semana Internacional do Café (SIC), entre os dias 24 e 26 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte.
Entre os valores da comunidade, superar as desigualdades de gênero e fortalecer o posicionamento das mulheres nos mercados nacionais e internacionais são metas da IWCA. “Hoje a Aliança conta com quatro subcapítulos no Brasil, faz parte da nossa meta crescer ainda mais com a formalização legal, por meio de encontros e eventos realizados em prol da nossa causa”, enfatizou Helga Andrade, membro fundadora e diretora da Aliança.
Com a participação na Semana Internacional do Café o grupo chega ao seu 5º encontro em âmbito nacional e acredita em resultados ainda maiores após o evento. As ações do grupo se estendem por toda a feira, com um estande da Aliança, onde será possível conhecer mais sobre o trabalho dessas profissionais.
Representantes da IWCA ainda serão responsáveis por outras ações durante o evento. No dia 25, durante um café da manhã aberto ao público, Dra. Sara Maria Chaulfon, renomada pesquisadora na área de cafeicultura, contará um pouco sobre sua experiência nesse importante segmento do agronegócio. No mesmo dia, será realizada a Sala de Cupping, seleção das 15 melhores amostras de café e Rodada de Negócios, com participação gratuita para mulheres da cadeia do café.
Segundo Helga Andrade, produtoras de café de todo o país podem enviar suas amostras para participar de uma seleção onde as 15 melhores serão apresentadas na Sala de Cupping da Aliança. “O objetivo é realizar uma rodada de negócios durante a SIC e despertar interesse de quem passar por lá, pelo café em si e pela atuação do grupo, que envolve o trabalho feminino em alguma parte do processo de preparo daquele café”, ressaltou a diretora.
Sobre a Aliança
A Aliança constitui um fórum de conexão para troca de experiências e conhecimentos por meio do acesso a treinamento, aprendizado e informação. Originalmente idealizado por um grupo de norte-americanas envolvidas na indústria cafeeira – que criaram a associação durante uma visita às lavouras da Nicarágua em 2003 – a International Women’s Coffee Alliance – IWCA tem como objetivo aproximar produtoras e consumidoras de café e dar visibilidade às mulheres em toda a cadeia do negócio.
O Capítulo Brasileiro, nome dado pela IWCA para denominar suas associadas, proporciona acesso a mercados e representa as mulheres em instâncias nacionais e internacionais, por meio de eventos para debates acerca do cenário da indústria cafeeira no Brasil. Desta forma, o grupo torna visível o papel das mulheres e defende a redução de barreiras para a atuação de todas as envolvidas no segmento.

EMPREENDEDORISMO FEMININO

AMOR, SONHOS, COMPETIÇÃO E INOVAÇÃO.
POSSIBILITA AS MULHERES O EXERCÍCIO DO ESPIRITO EMPREENDEDOR, INCENTIVANDO A CRIATIVIDADE E A LIDERANÇA, COMO FONTES DE INOVAÇÃO E SUPERAÇÃO DE BARREIRAS.



RECEITA #2

VITAMINA DE CAFÉ

Ingredientes:
1 xícara de Café bem forte (40 ml)
1/2 banana nanica
1/2 maçã
1/2 copo de iogurte mel
Modo de Preparo:
Bata tudo no liquidificador e enfeite o copo com mel e maçã.


DICAS

Aprenda a fazer o legítimo café gourmet espresso ou coado em sua casa.
Espresso
Na máquina para cápsulas de espresso: Utilize água mineral ou filtrada com temperatura entre 90º e 96ºC. Uma cápsula Gourmet* tem 5,5g e precisa de 40ml de água para ficar perfeito. Coloque a cápsula na máquina, verifique o nível da água e extraia seu ESPRESSO.
Na máquina de café em grãos profissional: coloque os grãos no moinho (verifique se o mesmo está regulado adequadamente com o tipo de grão usado), faça a moagem, coloque o pó no cachimbo, compacte adequadamente, certifique-se de que a água esteja filtrada e extraia o café no nível que preferir, lungo, ristreto ou tradicional;
Na máquina de café em grãos automática: coloque os grãos no reservatório da máquina certifique-se que o moinho esteja regulado, verifique se o reservatório de água está no nível adequado e se está com água filtrada. Basta apertar o botão no nível que preferir lungo, ristreto ou tradicional.
Coado filtro de papel
Utilize água mineral ou filtrada com temperatura entre 90º e 96ºC. Escolha um filtro de papel do tamanho adequado do suporte da cafeteira elétrica ou da garrafa térmica e disponha a quantidade de pó desejada - a proporção é de 80 a 100g de café para 1 litro de água. Faça a infusão da água sob o pó ou aguarde o processo da cafeteira.




QUALIDADE, PROCEDÊNCIA, ORIGENS ÙNÍCAS

DETALHES QUE FAZEM A DIFERENÇA
Gourmet do grão à mesa
Muito se fala sobre a gourmetização das coisas, mas o que isso significa nem sempre é claro. O gourmet vem do conceito de haute cuisine, em português, alta cozinha, ou seja, mais qualidade, procedência e sofisticação entre os elementos utilizados dentro da gastronomia. O café passa pelo mesmo processo. Perdendo apenas para a água, a segunda bebida mais consumida do mundo também pode ser encontrada na versão gourmetizada. Mas o que é de fato um café gourmet nós explicaremos agora.
A começar pelo grão. Entre todos os outros, o Arábica é o grão considerado gourmet. A planta foi originada na Etiópia e seu plantio acontece em países da América Latina, Central, África e Ásia. A qualidade do grão depende da
Entenda o que é um café gourmet e por que seu consumo está em alta no Brasil.
altitude do plantio e cultivo: quanto mais alto, melhor. No Brasil, por exemplo, os grãos são plantados a cerca de 1200 metros de altura em regiões do estado de São Paulo e Minas Gerais. Além disso, o Arábica possui menor teor de cafeína, além de apresentar aroma e sabor especiais – diferentemente de grãos como o Robusta, mais forte e presente no dia a dia do brasileiro.
Mas não são apenas o cultivo e o plantio que importam. A seleção rigorosa dos grãos obtidos, a torra específica e o processo de embalar o produto também são importantes
para assegurar o caráter gourmet da bebida. Além disso, depois de pronto para o consumo, a armazenagem e o modo de preparo fazem toda a diferença. A água utilizada ao fazer o café, por exemplo, precisa ser filtrada ou mineral e, ao contrário do que muitos pensam, ela não pode ferver completamente.
O consumo do chamado café gourmet está crescendo em países como o Brasil. O movimento, por sua vez, é olhado pela ABIC – Associação Brasileira da Industria do café – como positivo. Significa uma mudança de postura dos brasileiros em relação a qualidade do que lhe é apresentado. O custo mais alto em relação ao tradicional é um obstáculo, mas o paladar mais apurado do brasileiro e a novidade do mundo gourmet são garantias para o setor cafeeiro.
Foto: Fazenda Capoeira Coffee

RECEITA #1

CAFÉ VIENENSE

Ingredientes
4 xícaras de Café bem forte (160 ml)
4 colheres (sopa) de creme de leite (40 ml)
4 pedacinhos de chocolate meio amargo
Açúcar a gosto, chantilly, canela, cacau ou raspa de laranja (conforme o gosto) para decorar
Montagem
Derreta o chocolate, o açúcar e o creme de leite em fogo brando. Junte o café e leve ao fogo sem deixar ferver. Coloque a mistura em xícara grande. Guarneça com chantilly e sobre ele coloque a canela, o cacau em pó ou a raspa de laranja em pequena quantidade para decorar.

Café e Saúde #4

CAFÉ TEM AÇÃO ANTIDREPESSIVA, COMBATE O STRESS E ESTIMULA O BOM HUMOR
O café e a felicidade
O cafezinho, considerado por muitos uma bebida sagrada, acompanha as mais diversas situações e está presente em boa parte dos lares no Brasil e no mundo. Ele é motivo de bons encontros ou de encontros produtivos, está associado à felicidade e ao bom humor. Tudo isso era apenas uma constatação dos apaixonados, mas graças a um estudo publicado na revista PNAS, além de muitos benefícios, o café foi eleito também como uma bebida antidepressiva.
Sua ação positiva na redução do estresse e de outros distúrbios já havia sido comprovada anteriormente. Uma pesquisa divulgada no The World Journal of Biological Psychiatry, por exemplo, constatou que os adeptos do café correm menos risco de cometer suicídio em relação aos não
"Estudos apontam que a bebida tem ação antidepressiva, combate o estresse e estimula o bom-humor."
apreciadores da bebida. Dentro do estudo, que uniu o resultado de outras 3 grandes pesquisas com mais de 208 mil pessoas, o café foi responsável por reduzir cerca de 50% a taxa de suicídio entre homens e mulheres. Naquele momento, o resultado especulou que a cafeína era um composto antidepressivo, mas só comprovou seu papel como estimulante do sistema nervoso central – que tem papel fundamental no controle de todo o corpo.
Foi apenas com o estudo publicado na PNAS que o caráter antidepressivo foi
confirmado. Para entender isso, os pesquisadores de todo o mundo observaram a parte do cérebro que a cafeína age e identificaram os receptores de adenosina A2A. Esses receptores, por sua vez, são responsáveis por regular a produção de neurotransmissores como o glutamato e a dopamina e foi então que experimentos com ratos que sofriam de estresse crônico verificaram que os receptores A2A exercem função importante no controle do humor e consequentemente confirmaram sua ação contra a depressão.
Com isso, o café ganha mais um motivo para ser apreciado ao longo do dia. E o combate à depressão, uma doença que merece muita atenção por parte de toda a família e pelo Estado, ganhou agora mais um aliado.

Café e Saúde #3

CAFÉ AJUDA NOS REGIMES DE EMAGRECIMENTO
Desde que não seja adicionado açúcar. Isso porque o café contém a cafeína, uma substância termogênica, ou seja, que acelera o metabolismo, ajudando na queima de calorias e na produção de energia. Mas, lembre-se que, quando adoçado, pode causar o efeito oposto!


Foto: Fazenda Capoeira Coffee

PRODUÇÃO BRASILEIRA PREOCUPA

Volcafe prevê déficit de café para a próxima estação
As expectativas para o tamanho do déficit de café na próxima estação, extensão pela qual a demanda ultrapassará a oferta, estão aumentando. Na última semana de agosto, a suíça Volcafe, divisão de café da trading de commodities ED&F Man, mudou sua previsão para a estação de café e 2015/2016 de um excedente para um déficit global.
A Volcafe espera que a demanda global de café exceda a oferta em 3,5 milhões de sacas de 60 quilos em 2015/2016. Em maio, a Volcafe previu um excedente global de café em 2015/2016 de 1,3 milhão de sacas. Isso marcará a segunda estação de déficit global de café.
“Continuamos antecipando um déficit de 6,4 milhões de sacas em 2014/2015”, disse a Volcafe, acrescentando que esperava que a queda nos estoques brasileiros aumentassem o déficit, deixando os menores estoques para a estação de 2015/2016.
A maior disponibilidade de café robusta comparado com o arábica, devido às expectativas de maiores estoques nos países produtores de robusta, deverá estimular uma mudança no uso de robusta em blends.
“Em 2015/2016, projetamos que os importadores aumentem o uso de robusta em 4% e reduzam o uso de arábica brasileiro em 7%, resultando em um déficit de 2,2 milhões de sacas para o robusta”.
O Volcafe cortou sua estimativa para a produção de café em 2015/2016 em 4,9 milhões de sacas, para 149,6 milhões de sacas, com menor produção vista no Brasil, Vietnã e Colômbia, entre outros. “Os estoques continuam cobrindo as expectativas de demanda para a próxima estação, mas os estoques reguladores serão mínimos no final de 2015/2016”.
A produção global foi prevista em 143,8 milhões de sacas para 2014/2015. A Volcafe prevê que a próxima colheita do Brasil será de 48,3 milhões de sacas, menos que as 51,9 milhões de sacas previstas em maio. As estimativas do mercado vão de 45 milhões a 51,8 milhões de sacas.
A Volcafe notou um tamanho pequeno dos grãos e a baixa conversão de cerejas a grãos durante a última colheita. A produção de arábica deverá ser de 32,6 milhões de sacas e a de robusta, de 15,7 milhões de sacas. Isso marcaria uma redução de 0,9 milhões de sacas com relação ao ano anterior e a melhor colheita brasileira desde 2011/2012.
As colheitas brasileiras combinadas de 2014/2015 e 2015/2016 seriam 14% menores do que os dois períodos anteriores, disse a Volcafe, citando o clima seco em 2015 e início de 2015.
A produção de café da Colômbia foi prevista em 13 milhões de sacas em 2015/2016, 12,5 milhões de sacas a mais que em 2014/2015.
O Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, deverá produzir 30 milhões de sacas em 2015/2016, menos que as 30,5 milhões de sacas previstas em maio, à medida que os produtores favorecem outras colheitas, como pimenta. “Uma pesquisa sobre a colheita no começo do verão confirmou as expectativas de maior colheita, mas notamos uma redução modesta nos rendimentos”, disse o Volcafe. “A irrigação foi capaz de compensar alguns importantes fatores negativos devido ao início tardio da estação chuvosa, mas em algumas áreas, o estresse hídrico era evidente”.



FórumMundial Women Vendors 2015

Mulheres, agentes de mudanças Sociais, poderosas e duradouras. Investir em Mulheres beneficia toda a humanidade, por meio de um efeito multiplicador.


Mulheres de 50 países, participando da WVEF

WVEF Seattle 2014

Diferenças que nos fortalecem e nos unem. Mulheres fantásticas que fizeram das dificuldades oportunidades. Competidoras globais, líderes em seus mercados. 

Leia mais em: http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Cafe/noticia/2015/09/evento-internacional-de-empreendedorismo-feminino-movimenta-r-20-milhoes.html


Fórum Mundial de Empoderamento Econômico da Mulher.

Realização do Internacional Trade Center, ONU, OMC e Iwca- Aliança internacional das Mulheres do Café e APEX Brasil.
Mulheres sendo preparadas para competirem em Mercados Globais. Mulheres gerando negócios e oportunidades.


Processo seletivo de 700 mulheres de 50 países, sendo eleitas em torne de 250 mulheres, dentre estas 20 são brasileiras, para participar do Women Vendors 2015 pela primeira vez no Brasil. Mulheres que são capazes o pensamento global do café. Representar as mulheres de nossa Região, de nosso Estado, de nosso País, traz dentro de nós a realização de estar participando da construção de um mundo melhor.

Mulheres com suas histórias. Amor, Sonhos, Competição, Inovação.

Investir em mulher é investir em um mundo melhor

Mulheres Empreendedoras. Conexões que movem a vida.

A força que as limitam, é a mesma que podem leva-las para longe.



CAFÉ ULTRAPASSA OS LIMITES DA XÍCARA E CONQUISTA NOVOS MERCADOS

Café para comer, para cuidar do corpo e enfeitar o ambiente. O grão deixou de ser voltado exclusivamente para a bebida e conquista novos mercados. Cooxupé faz joint venture para produzir óleo e biomassa.
O famoso cafezinho do dia a dia está tomando novas formas e conquistando outros mercados. Muito além do costume e da tradição, o grão ultrapassou os limites da xícara e agora previne até celulite. O negócio tem atraído a atenção da indústria e de grandes empresas, amparado por um setor com expectativas positivas – em 2015, a produção de café no estado deve atingir perto de 23,3 milhões de sacas, ante 22,6 milhões de sacas em 2014, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
É do Sul de Minas Gerais, maior produtor de café do mundo, que sai o grão usado na fabricação de muitos produtos. A região responde por 43% da produção mineira do café, segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). E é na indústria de cosméticos que o café se faz cada vez mais presente. “Tudo gira em torno da importância que esse fruto tem para a nossa economia. O café é o principal produto do agronegócio mineiro”, afirma Vanessa Vilela, criadora da Kapeh (palavra que significa café no dialeto maia), marca de produtos para o corpo e cabelo, que tem como matéria-prima grãos de café certificados. “O café é rico e benéfico para a pele, tem muitas propriedades oxidantes, ação antienvelhecimento e esfoliante, além de proteção solar natural”, diz a farmacêutica e executiva da marca.
Os grãos utilizados pela empresa são provenientes de fazendas certificadas pela Utz Certified, que possibilita a checagem da safra, data de colheita, produtos utilizados no cultivo, colaboradores envolvidos, entre outros dados. “O café que usamos em nossa produção é produzido com sustentabilidade e tem toda uma rastreabilidade”, reforça. Há oito anos no mercado, a marca oferece mais de 120 itens vendidos em 18 estados e exporta para Portugal, Holanda e Coreia do Sul. “As pessoas que já apreciam a bebida ficam felizes com a valorização do produto”, diz Vanessa Vilela.
Cintia Duarte/Divulgação Vanessa Vilela, diretora da Kapeh, enxergou o potencial dos cosméticos feitos a partir dos grãos (foto: Cintia Duarte/Divulgação )
A Cooxupé, maior produtora do grão do país, também entrou no setor de cosméticos. Na semana passada, a empresa oficializou uma joint venture com a química Aqia, que fornece insumos para gigantes como Natura, Boticário e Unilever. A empresa venderá óleo e biomassa do café verde à química para serem usados nas indústrias cosmética e farmacêutica. Além da arrecadação com a venda de matéria-prima, a Cooxupé receberá uma participação nas vendas dos produtos à base de café fabricados pela Aqia.
A parceria deve alcançar um crescimento de 20% a 30% para os negócios da química, com faturamento de R$ 25 milhões até 2020, segundo a empresa. Para a cooperativa, no entanto, a perspectiva de acréscimo virá de médio a longo prazo. Segundo o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, por enquanto, serão entregues 100 sacas de café por mês para o processamento de 480 quilos de óleo verde e 5 mil quilos de biomassa, o que deve movimentar R$ 50 mil. “A receita é baixa, mas pensamos na boa aceitação no futuro”, disse. Em 2014, a Cooxupé registrou faturamento de R$ 2,5 bilhões e exportou 3,2 milhões de sacas de café arábica.
FORTALECIMENTO A força do café no Sul do estado também serviu de base para o cervejeiro Antônio Augusto Netto introduzir o grão em uma de suas receitas. No início do ano, o empresário abandonou a profissão de engenheiro elétrico e criou uma marca de cervejas artesanais em Guaxupé. Deu certo. Segundo Netto, em uma de suas degustações, a cerveja de café foi eleita a melhor. “O sabor é marcante de cerveja no início e possui um retrogosto intenso de café. Parece que você acabou de beber uma xícara de café”, conta o proprietário da marca Zug Bier (zug é uma palavra alemã que significa “trem” – gíria comum aos mineiros). Apesar da boa aceitação, a marca aguarda o registro no Ministério da Agricultura para comercializar o rótulo em bares, restaurantes e mercados. “A procura tem aumentado e vejo curiosidade do público em geral. Acredito que tenha muito a crescer e no futuro a ideia é exportar”, afirma.

Antônio Graça/DivulgaçãoO ingrediente inusitado na produção da cerveja Zug Bier atrai a curiosidade (foto: Antônio Graça/Divulgação)
A artesã Vanessa Massafera também se valeu do café para investir no próprio negócio. Moradora de Varginha, no Sul do estado, o artesanato faz parte do dia a dia da jovem há mais de 10 anos. Começou com a família numa discreta produção em casa e hoje as peças são vendidas para todo o Brasil e exportadas. “Minha mãe ganhou um moedor de uma senhora amiga dela e enfeitou com grãos de café de porcelana fria italiana. Esse foi o pontapé inicial”, conta Vanessa, que iniciou os trabalhos quando ainda tinha 15 anos.
De lá pra cá, a artesã, já produziu milhares de peças e por conta da originalidade, agradou empresas e fazendeiros da região. Os preços variam de R$ 35 a R$ 1 mil. “Fazemos relógios, mandalas, bandejas, quadros, latões de leite, moedores com o café. As pessoas foram se interessando e não paramos mais de produzir”, destaca. Segundo Vanessa, são utilizadas, cascas, plantas e filtros de papel para a produção dos artesanatos.
Produto com sucesso reconhecido
Marcas já conhecidas no mercado têm como carro-chefe produtos à base do café. Na doceira mineira Frau Bondan, o chocolate que leva o produto que vem das lavouras foi uma das primeiras apostas da proprietária Paula Bondan. “Nada mais justo que o próprio café tomar um banho de chocolate. É um produto de sucesso, que ultrapassa as barreiras da língua portuguesa e do paladar. O café é paixão pelo mundo inteiro”, destaca.

Arquivo PessoalMandalas feitas por Vanessa Massafera com grãos em torragens diferentes conquistam estrangeiros (foto: Arquivo Pessoal)
Na fabricação de balas, o grão também faz a vez de protagonista. A Florestal Alimentos, fabricante da balinha Brazilian Coffee conta com um volume médio de 52 milhões de unidades vendidas por mês. “Podemos dizer que é um dos produtos de maior sucesso da marca. É a bala de café mais vendida e conhecida do Brasil”, afirma o gerente de marketing da empresa, Adriano Orso. Segundo ele, atualmente, o produto é vendido para 20 destinos, tendo como principais os EUA, Hungria, Chile, Argentina e Uruguai.
Há ainda quem aposte no café para combater as temíveis celulites. Além de cosméticos à base do grão, uma empresa paulista desenvolveu uma bermuda que libera cafeína para diminuir as imperfeições na pele. Isabel Luiza Piatti, tecnóloga em estética e diretora de pesquisa e desenvolvimento de produtos da Buona Vita Cosméticos, conta que as células presentes no tecido liberam a substância, que entra na corrente sanguínea e age contra as marcas. “Cosméticos à base do café são os mais vendidos na linha de tratamento corporal. Isso não é novidade. O interessante é que esses produtos caíram no gosto do consumidor e vieram para ficar. Haja café!”, brinca.

Café e Saúde #2

O CAFÉ E MUITO BOM PARA A MEMÓRIA 
Pode apostar que sim! Principalmente se tomado logo depois de acordar, quando o nível de atenção vai aumentando aos poucos, até chegar em 75%. O café ativa o sistema de vigília e aumenta a atenção para 90% do ideal.
*Com informação da revista Meu Prato Saudável




Foto: Fazenda Capoeira Coffee

Café e Saúde #1

Antigamente, alguns estudos indicavam que a cafeína poderia aumentar o risco de parto prematuro, nascimento de crianças com baixo peso, entre outros. Entretanto, os estudos não consideraram outros fatores, como tabagismo e alcoolismo, que comprovadamente são prejudiciais para o feto. Hoje, sabe-se que tomar café na gravidez é seguro, porém sem exagero. A recomendação é de 1 a 3 xícaras por dia, melhor ainda se misturado com leite, para aumentar o consumo de cálcio.
*Com informação da revista Meu Prato Saudável


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O CAFÉ PODE AJUDAR A PREVENIR O CANCER

Estudos mostram que 4 xícaras de café por dia podem ajudar na prevenção de alguns tipos de câncer, como cólon, fígado e mama. Isso devido à presença de compostos polifenólicos, como os ácidos clorogênicos e os diterpenos, como o cafestol, que combatem os radicais livres. Esses, são altamente reativos e podem participar de reações colaterais indesejáveis, que vão afetar as células. Muitas formas de câncer podem vir daí.
*Com informação da revista Meu Prato Saudável

GESTÃO: O SUCESSO DA CAFEICULTURA

Custo médio de produção do arábica é de R$ 373 por saca, aponta Ufla
CUSTOS DE PRODUÇÃO 
Há tempos, as lideranças do setor produtor da cafeicultura brasileira informam que os custos de produção da atividade estão completamente elevados, em alguns casos acima até dos próprios preços praticados no mercado. Nesse sentido, e ciente que temos que apresentar ao Governo, até janeiro de 2015, números sobre nossos gastos para servirem de embasamento para o Ministério da Fazenda realizar um estudo sobre a atualização dos preços mínimos da atividade, o CNC, em sua reunião ordinária de 8 de novembro, convidou o coordenador de projetos do Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras (Ufla), engenheiro agrônomo Fabrício Andrade, para apresentar os atuais custos de produção que a instituição de ensino apura em conjunto com a CNA em padrões modais que correspondem a todo o cinturão produtor do Brasil.
Ao demonstrar a metodologia empregada para a realização do levantamento, o coordenador do CIM relatou que os dados colhidos também são validados por representantes dos produtores, como federações de agricultura e sindicatos rurais, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Ministério da Fazenda. Justamente por essa abrangência, o CNC unirá as informações com as planilhas das cooperativas de produtores para se chegar ao consenso médio e apresentar uma proposta ao Governo que sirva como base para o reajuste dos preços mínimos dos cafés arábica e conilon na safra 2015.
A análise dos gastos no cultivo de ambas as variedades foi realizada nos municípios de Manhumirim, Capelinha, Monte Carmelo, Guaxupé e Santa Rita Sapucaí, em Minas Gerais; Brejetuba e Jaguaré, no Espírito Santo; Franca, em São Paulo; Itabela e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia; Abatiá, no Paraná; e Cacoal, em Rondônia. No cômputo médio geral dos custos de produção no Brasil, chegou-se à seguinte conclusão:
– Arábica: a produção manual ocorre em uma área média de 18 hectares e a cafeicultura mecanizada em 121 hectares, com os Custos Operacionais Efetivos (COE) alcançando, respectivamente, R$ 10.001,50/ha e R$ 8.761,82/ha. Utilizando a produtividade como critério de comparação, a produção manual, com média de 27 scs/ha, tem custo de produção de R$ 373,03 por saca de 60 kg. Já a mecanizada, com média de 36 scs/ha (o município de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, puxa a média para cima devido à sua cafeicultura industrial), tem gastos de R$ 251,83 por saca na produção.
– Conilon: a produção manual ocorre em uma área média de 5 hectares, ao passo que a semimecanizada se dá em 35 hectares, com o COE sendo de R$ 5.818,02/ha no primeiro caso e de R$ 12.776,16/ha no segundo. Utilizando como critério de comparação a produtividade, a cafeicultura de conilon manual, com uma média de 29 scs/ha, tem custos de produção de R$ 200,62 por saca. Já na irrigada, que possui média de 68 scs/ha, o valor investido chega a R$ 189,88 por saca.
O coordenador do CIM/Ufla comunicou que esses dados sugerem duas realidades. Na primeira — minoritária, correspondendo a menos de 10% da cafeicultura brasileira —, observa-se uma possibilidade de produção de café arábica a gastos menores, que permite a concorrência com o Vietnã; a segunda se refere à atividade cafeeira de montanha, onde tecnologicamente não é possível uma redução drástica nos custos, a ponto de ser competitiva com o Vietnã, mas que deve focar na diferenciação voltada à qualidade do café.
Encerrando, Andrade apontou o impacto da estiagem nos custos de produção do café arábica em Minas Gerais. Para isso, foi aplicada a redução do rendimento de café por localidade, aferida no terceiro levantamento da Conab, sobre os custos de produção apurados na safra 2014. A quebra de rendimento foi de 21% no Sul de Minas, 9% na Zona da Mata, 6,95% no Cerrado Mineiro e 3,5% na Chapada. Dessa maneira, após a seca, estimou-se que os custos operacionais totais da atividade subiram: 28% em Guaxupé e 27% em todo o Sul de Minas; na Zona da Mata, a alta foi de 10,8%; no Cerrado, 7,4%; e, na Chapada, o aumento do custo foi projetado em 3,7%.
SAFRA 2014
Nesta semana, deparamo-nos, novamente, com mais um prognóstico especulativo referente à safra 2014 de café no Brasil. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou que o País colherá 51,2 milhões de sacas, representando um avanço de 3,4% em relação à estimativa anterior. A entidade vinculada ao governo dos EUA comunicou que o ajuste resulta “de rendimento melhor do que o esperado em algumas áreas de cultivo, como centro-oeste de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo".
O CNC reitera que é completamente avesso a esse tipo de especulação, sem embasamento técnico e completamente prejudicial ao mercado, que tem o fator exclusivo de aviltar as cotações, como ocorrido nesta quinta-feira. Dessa forma, reiteramos o repúdio a respeito de quaisquer instituições que atuem com o interesse único de prejudicar os produtores em todo o mundo, os quais, em grande parte, já se deparam com um cenário deficitário de renda.
O Conselho Nacional do Café, na condição de representante de classe e coerente com os princípios da realidade, faz um alerta a todos os players e agentes: se o produtor não tiver condições, ele deixará de produzir. Deixando de produzir, não haverá café suficiente. Não havendo café, o mercado perderá sua fluidez natural e, dessa forma, todos os elos da cadeia, de cafeicultores a consumidores finais, sofrerão as consequências desse desequilíbrio. Por fim, reiteramos que a safra 2014 não fugirá do intervalo entre 40 milhões e 43,3 milhões de sacas, volume apontado pela Fundação Procafé em estudo contratado pelo CNC.
MERCADO 
Com os investidores ainda aguardando uma definição a respeito dos impactos da prolongada estiagem sobre a safra brasileira de 2015, o mercado futuro do café arábica continuou influenciado pelas perspectivas climáticas e pelo comportamento do câmbio nacional. A revisão para cima das estimativas do USDA para as safras 2014/15 do Brasil e da Colômbia pressionaram as cotações futuras no pregão de ontem.
Durante a maior parte da semana, predominou tempo aberto sobre as principais origens brasileiras, o que ajudou na valorização das cotações do arábica até quinta-feira. Porém, segundo a Somar Meteorologia, a partir de domingo, o cinturão produtor de café deverá receber chuvas generalizadas, com previsão de volume máximo em Minas Gerais.
Quanto ao mercado de câmbio, o dólar acumulou queda nos últimos dias, após ter renovado a máxima desde abril de 2005 na segunda-feira, quando foi cotado a R$ 2,6013. A valorização do real, que tem impacto positivo sobre as cotações futuras do café, deveu-se principalmente às especulações quanto à condução da política econômica brasileira. Na quarta-feira, último pregão antes do feriado do Dia da Consciência Negra, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 2,5757, com variação de -1% em relação ao final da semana passada.
Ontem, o USDA divulgou a atualização de suas estimativas para as safras 2014/15 do Brasil e da Colômbia, aumentando-as em 3,4% e 1,65%, respectivamente. Esse fato levou à desvalorização dos preços futuros do café, de forma que o vencimento março/2015 do Contrato C, negociado na ICE Futures US, encerrou a sessão a US$ 1,8885 por libra-peso, revertendo os ganhos até então acumulados e registrando desvalorização de 750 pontos. Considerando a média dos dois primeiros vencimentos, desde o início do ano o contrato C acumula alta de 62%, principalmente devido à seca no Brasil.
Já na ICE Futures Europe, as cotações do robusta mantiveram tendência positiva, ainda que reduzida, com o vencimento janeiro/2015 encerrando a sessão de quinta-feira a US$ 2.078 por tonelada e registrando ganhos de apenas US$ 4 sobre o fechamento da sexta da semana antecedente.
No cenário internacional, a Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa) estima uma redução na quantidade produzida de robusta da ordem de 20% a 25% nesta safra em relação à anterior, quando o País produziu 1,7 milhão de toneladas. Os motivos seriam o cenário climático adverso, que também contou com estiagem no início do ano, e o programa de renovação do parque cafeeiro. Por outro lado, na primeira semana de outubro (mês que marca o início da colheita vietnamita), uma pesquisa conduzida pela Agência Bloomberg junto a dez traders apontou que a safra 2014/15 do país asiático atingiria volume recorde. Essas informações desencontradas reforçam a necessidade de aprimoramento das estatísticas mundiais para que o mercado de café opere com maior transparência.
Os países produtores africanos, por sua vez, estão otimistas com o cenário mercadológico influenciado pela menor oferta brasileira, apostam no crescimento das produções locais e, consequentemente, da receita cambial. A cafeicultura é uma atividade econômica estimulada nessa região pela facilidade de geração de divisas.
A Etiópia, principal produtor de café do continente, prevê o crescimento de 25% na receita gerada por suas exportações nesta safra, que deverá atingir US$ 900 milhões. Ao mesmo tempo, investidores estrangeiros ampliam a injeção de capital na cafeicultura do país, a exemplo da Horizon Plantations, que pertence ao bilionário saudita Mohamed al-Amoudi. Essa companhia investirá US$ 25 milhões no treinamento de trabalhadores, na melhoria de estradas e na modernização do processo de lavagem de unidades produtivas que totalizam 18 mil hectares de café.
Na Uganda, segundo maior produtor de café da África, cuja safra 2014/15 também foi afetada por uma seca, teve início, há cinco anos, um programa de renovação do parque cafeeiro, que prevê o plantio de 300 milhões de mudas mais produtivas. Neste ano, com a alta dos preços do café, os cafeicultores elevaram a demanda por mudas, de forma que foram plantados mais de 60 milhões de cafeeiros ante os 40 milhões renovados nos últimos dois anos.



Fotos: Fazenda Capoeira Coffe



INDICADORES IMPORTANTES QUE PODEM NOS REFERENCIAR NA BUSCA DE NOVOS MERCADOS

Uruguaios consomem três vezes mais café do que chá
De acordo com dados da analista de mercado Euromonitor International, no continente americano existem apenas dois países onde os consumidores preferem chá do que café: Chile e Bolívia.
No caso do Uruguai, o mate, que é a bebida quente mais consumida, não foi considerado no estudo. Os uruguaios tomam três vezes mais café do que chá. Em 2014, o consumo de café per capita foi de 239 xícaras por ano, enquanto que o de chá foi de 79 xicaras anuais per capita.
A sofisticação, através dos sabores, inovação e especialização, tem impulsionado o crescimento no Uruguai.
A opção de café instantâneo com sabores, principalmente da Nestlé, e o lançamento das cápsulas de café, contribuíram para o bom rendimento geral do volume de vendas de café.
As cápsulas estão mostrando as taxas de crescimento mais rápidas e o crescimento do café instantâneo tem sido significantemente melhor do que o de café fresco, principalmente devido às novas variedades de sabor das várias marcas que têm revitalizado o setor.
No Uruguai, foram abertas várias lojas focadas no café, a maioria das quais se encontram em shoppings e bairros de famílias de média e alta renda.
Em 2009, foram consumidas 1825 toneladas de café e em 2014, 2275, ou seja, o aumento foi de 24,7%, o que equivale a US$ 77,5 milhões. No entanto, o consumo de chá diminuiu em 9% durante o mesmo período, passando de 430 toneladas anuais para 391.
As principais empresas no Uruguai são Nestlé, Saint Hnos S.A., El Trigal S.A. e Industrias Bahía S.A.
O estudo indica que os segmentos de chá de ervas, vermelho e verde são claramente percebidos como bebidas funcionais para a saúde, especialmente no caso das variedades de ervas. As empresas estão comercializando opções com mais sabores e que são mais caras que a maioria das opções de chá preto que se encontram disponíveis.
A última pesquisa mostra que a região apresenta diferenças significativas por país quando se trata de hábitos de consumo, sabores, ofertas e presença de marcas internacionais, convertendo-o em um mercado atrativo para os fabricantes. A chave do sucesso é entender as muitas diferenças entre os países e responder com produtos que alcancem aos diversos consumidores e ao longo da região.
Na Argentina, o café instantâneo tem mostrado um crescimento imbatível em seu volume de vendas, de 8% em 2013 e 5% em 2014, principalmente porque os grupos sociais de baixa e média renda estão demandando opções de café de menor preço.
O crescente número de opções também tem ajudado a categoria a ganhar novos consumidores à medida que os produtores se voltam mais ao mercado “gourmet” e os consumidores estão mais dispostos a provar novas opções. Os dois principais impulsionadores têm feito com que os consumidores prestem mais atenção ao hábito de tomar café em suas casas. Primeiro são os benefícios para a saúde do consumo regular de café, com melhora na concentração e pelos antioxidantes presentes na bebida; e segundo, a contínua inflação de dois dígitos na economia durante os últimos dois anos, levando os consumidores a reduzir seus gastos em cafés em restaurantes e a começar a comprar opções de café para consumir em casa.
Os preços acessíveis colocaram as máquinas sob o foco de atenção no Brasil. O “pausa para um café” é uma das culturas sociais mais fortes no Brasil e desde o lançamento da máquina Nespresso e das cápsulas no mercado, tem havido uma revolução, já que seu posicionamento quanto ao preço sempre tem sido alto, especialmente no Brasil onde as tarifas e impostos de importação são elevados. Isso tem aberto espaço para variedades como Nestlé Dulce Gusto e, mais recentemente, Senseo, L’Or e Três Corações.
Na Bolívia, o café instantâneo continuou em alta em 2014. Os consumidores com estilos de vida mais ocupados buscam produtos que sejam acessíveis e fáceis de preparar. As empresas locais de café responderam com ofertas de café instantâneo. Por exemplo, em 2014, a empresa de alimentos líder local, Pil Andina SA, lançou sua própria linha de café instantâneo. Além disso, outras empresas estão apoiando o posicionamento de suas marcas de café 3 em 1 e 2 em 1. Os consumidores estão escolhendo esses produtos agora porque têm os meios para pagá-los. 




Fotos: Fazenda Capoeira Coffe

DETALHES QUE FAZEM A DIFERENÇA

O limite entre o sabor frutado e fermentado
É sabido que alguns produtores fornecedores de cafés especiais para a torrefadora illycaffè questionam “por quê” alguns cafés ofertados para a empresa são reprovados, já que estes cafés costumam ter pontuação alta na avaliação pela metodologia SCAA (Specialty Coffee Association of America). Este protocolo de análise foi criado pela SCAA para padronizar uma metodologia e foi adaptada daquela para avaliar o vinho. Atualmente é base de Certificação pelos EUA e visa avaliar essencialmente cafés especiais de alta qualidade. Foi baseada nos cafés de categoria lavados e hoje ainda se discute sua aplicação em cafés naturais.
A illycaffè utiliza uma metodologia de analise para café espresso que é diferente da metodologia SCAA. A fim de esclarecer a diferença na avaliação entre as metodologias, Dr. Aldir Teixeira, Regina Teixeira e sua equipe de degustadores Seniors Douglas Felix, Hobert Reis, Allan Monteiro e Kaique Lima degustaram vários cafés, reprovados e aprovados com aroma frutado pelos dois tipos de metodologias. As utilizadas foram: a adotada pela illycaffè (que inclui a prova de infuso e espresso) e a do protocolo SCAA. Na metodologia utilizada pela illy, o café é torrado na torra média, a mesma do produto final ao consumidor. O infuso (ou coado) é feito com 10 g de pó para 100 ml de água. Já o espresso é feito com 13 g de pó para 50 ml de água e extraído a uma pressão de 9 atm (o que torna a bebida bem mais concentrada). Na metodologia SCAA, a torra usada é mais clara e a infusão é mais diluída com 8,25 g de pó para 150 ml de água. Após as avaliações e comparações, Regina Teixeira comenta que a equipe chegou à conclusão já esperada e argumentada junto aos produtores e classificadores.
Em geral, a maioria destes cafés considerados bons e frutados na metodologia SCAA e que são reprovados na metodologia do espresso, são de cafés naturais (frutos secos por inteiro) que sofreram fermentação agressiva. Os cafés aprovados em ambas as metodologias SCAA e espresso, também com característica de frutados, são de cafés arábicas descascados, despolpados e mesmo naturais geralmente de altitude e bem preparados.
O limiar de percepção entre o sabor de uma fruta madura, que é muito bom, e de uma fruta passada, que é desagradável, é muito pouco percebido em cafés filtrados e na metodologia SCAA. Um café frutado que realmente é bom e um café frutado “passado” (fermentado) podem ter pontuação elevada, normalmente acima de 80 pontos, na metodologia SCAA. As características organolépticas com sabor de fruta doce e com mais acidez ficam muito próximas na degustação da infusão com torra clara e mais diluída. Entretanto, se tornam completamente distintas na degustação do espresso com torra média, sendo que o café frutado bom continua muito bom, mas o café frutado “passado” fica muito ruim, com gosto de fermentado forte e às vezes até gosto de “stinker” (mau cheiro), que é intragável.
Este sabor de “fruta passada” normalmente tem origem em cafés naturais mal preparados ou quando o fruto fermenta na própria árvore em condições climáticas desfavoráveis. Outra maneira de se induzir uma fermentação é quando os cafés cerejas maduros são colocados para secar no terreiro, sem um revolvimento constante, mesmo que em camadas muito finas. Dr. Aldir enfatiza que os frutos cerejas maduros deveriam ser exclusivamente para fazer os descascados (CD) e os frutos passas e secos colhidos da planta para o preparo de cafés naturais, que poderão dar excelentes cafés frutados sem fermentações agressivas. No preparo dos descascados, a recomendação é preservar a mucilagem para conferir mais doçura e corpo ao grão.
É importante lembrar que qualquer café posto para secar nos terreiros precisa e deve ser revolvido o dia todo sem parar, propiciando mais ventilação e menos calor, para evitar fermentação indesejável e um mau aspecto de seca. Alertamos que nos terreiros de secagem a temperatura poderá chegar facilmente a 60°C e matar o embrião, o que é um desastre para a qualidade.
No caso dos cafés descascados, a movimentação no terreiro também deverá ser constante, evitando uma secagem desigual e manchas internas de água que vão acelerar o desmerecimento e branqueamento dos grãos, com sérios prejuízos na qualidade. O sabor de madeira tem sua principal origem exatamente no excesso de água dentro do grão, que não foi retirada durante o processo de secagem. Isto acontece em secagens rápidas, com altas temperaturas e sem períodos de descanso. Outro motivo é de cafés que permaneceram com muita umidade (acima de 12%) no final do processo de secagem.
O produtor tem que tomar cuidado no preparo do seu café e ter em mente que, fazendo da forma correta, seu produto final poderá alcançar todos os nichos de mercado e comercializar facilmente todo o café preparado. Desde compradores e torrefadores que fazem cafés destinados para filtro, como por exemplo, café tipo americano (com torra mais clara) ou cafés tradicionais de coador, até os mais exigentes, como as torrefadoras, que destinam seus blends para o café espresso a consumidores do mundo todo, oferecendo um verdadeiro elixir de prazer.
Dr. Aldir acrescenta que induzir uma fermentação em cafés cerejas maduros, produzindo “microlotes” para mercados específicos, pode se tornar uma prática perigosa e uma verdadeira armadilha para o cafeicultor se produzir em grandes volumes. Este café fermentado e com seca irregular será difícil de vender.
Já o bom café arábica frutado, na maioria das vezes, tem sua origem “Terroir” por um conjunto de características, como a variedade, a localização geográfica, o clima, o tipo de solo, a altitude, a insolação e o bom preparo.
Regina Teixeira por fim compara o sabor do café com o das frutas e lança uma pergunta: quem gosta de um suco de laranja feito com uma laranja estragada? Ou ainda, comer um morango que já passou do ponto? Ninguém gosta de comer uma fruta e sentir aquele gosto de azedo desagradável na boca, apesar de ser doce. No café espresso a sensação é a mesma, quando feito com grãos fermentados. O sabor fica desagradável na boca e o retro-gosto pior ainda. Já um espresso feito com grãos perfeitos fica agradável na boca por um longo período, dando uma agradável sensação de prazer.
Os especialistas Aldir e Regina Teixeira terminam suas considerações solicitando aos produtores que produzam a menor quantidade possível de cafés fermentados para poder atingir o maior número de compradores de cafés especiais. Eles comentam que “existe gosto para tudo”, o nosso é de um bom café espresso com excelentes características organolépticas, bem seco, sem defeitos, que seja naturalmente doce, com acidez equilibrada, encorpado, com aromas não apenas de frutas, mas também florais, achocolatados, caramelados, amendoados e livre de resíduos. Este é o verdadeiro café que o consumidor “antenado” quer tomar nos dias de hoje: bom e saudável.